" Entre tapas e beijos"
Ana Maria Gazzaneo
Chá de mel com poejo
Alecrim e hortelã
Nossa anã paciência
Nesta parca existência
É do CLÃ o Xamã!
Mas urdura em fiapo
Já puido o capacho
Desnudada a verdade...
Gran saudade que invade...
Da inocência de outrora,
Só maldade vigora!
Inda que eu fosse mais que a pedra e o sal
Ana Maria Gazzaneo
Que na água se dissipa
Corpo ao tempo
Já desfeito
Afeito ao fado
Sem conceito
Cumpro a sina!
Rima em rinha
Abduzido o verbo
Oblitero
Reiterando a ação
Tic-tac mórbido...
Alusão ao veio...
Verso... Inspiração!
De quanto mais coisas um homem se cerca
Ana Maria Gazzaneo
Tanto mais longe ficará dos outros...
Loquazes ditos
Ana Maria Gazzaneo
Ritos aflitos
Porém benditos
Atando em feixes
Luzes
Velado agito
Nova face a surgir
Mágica
Única
Páprica ao tempero
Bamboleio
Timoneiro
Muda o rumo
Da nau
Do barco
Ao cerco mórbido
E maré cheia
Incendeia
Incréia
E arrasta
Pós de sí
Sereia
Em noite de verbena
Serena melodia
Zéfiros do norte
A balançar meus cabelos
Zelos teus
Em versos ateus
Reverbero
Ah! Como eu te quero!
Rio...
Ana Maria Gazzaneo
Cio que te consome...
Fome do homem...
Fobia do dia...
Que importa o fim?
Não ou sim...
Só reporta!
Agita a aorta...
Ria!
E...
Dose dupla!
Poesia!
Sim, faceira me divirto...
Ana Maria Gazzaneo
E agradeço a partilha.
Tal não fosse, riso hirto...
Do céu aberta a escotilha!
Graças te dou meu amigo,
Caminhar sempre ao teu lado.
Quiçá doce lenitivo,
Se estenda na vida, ao largo!
Regalado com ternuras
Momentos de tais venturas
Que jamais seja olvidado
Felicidade perdure!
Se eles são maus porque praticam o mal,
Ana Maria Gazzaneo
Porque nós que somos bons, não fazemos o bem?
E o amor, à dor empresta
Ana Maria Gazzaneo
A face da agonia
Tristeza que amofina
Vontade de viver...
E os dias lassos, passam...
Meus passos que se arrastam...
Exposto meu cansaço...
Vontade de te ver!